O velho,
Olha a vida que viveu,
Os momentos que morreu, e chora!
O velho,
Traz nos passos, mil caminhos,
Num olhar, nas mãos, espinhos de agora!
O velho,
Olha a velha do seu lado,
Estrangula o seu passado, e cala!
O velho,
Não tem dor nem alegria,
Suas mãos estão vazias, não fala!
O velho,
Junta sonhos dos seus restos,
E o cansaço dos seus gestos é enorme!
O velho,
Guarda lágrima contida,
Pensa em Deus e xinga a vida, e dorme!
O velho,
Guarda lágrima contida,
Pensa em Deus e xinga a vida, e dorme,
E dorme, e dorme!