Um bando de louco vem, só par cheira as de cem
Salvador tá ai, representando bem.
Se que cheira vem, aqui no morro tem.
Branca pura par nós, e par você também.
Quer conferi vem, com a função e os manos do bem.
Alemão aqui? não tem
E se cola? vai sai de baixo de bala meu bem
A vida é loka e nós somos loucos também
Fazemos fitas mais nunca, ferimos minguem.
Com exceção, dos robocops e super mem.
Que não alivia as minas, e nem os trutas.
Dão tapa na cara e joga dento, da viatura
Levam por lugar desertor, pó matagal.
Fazem um par de perguntas, e cobre o pal.
E numa espece de ironia, dizem que tão de bom humor
Que só querem algumas respostas, e vão te libera moró
Se não fala, eles te mata
Se abri o bico, vagabundo invade sua casa
Então vai escolher o quer cabuloso
Fica com o certo, ou arisca o duvidoso
Nesses vermes ai truta, confio não
Prefiro morre, que caguerta um irmão
Muitos não pensão assim, eu só lamento
Se envolver meu nome parceiro, caio par dento
Fui criado assim, aqui na periferia
Tendo respeito e consideração, no dia a dia
Infelizmente meu pai, não passou dessa fase do jogo
Levou game ouve de um oitão, assim como muitos outros
Par mim agora só resta, as minhas filhas
Minha razão de viver, minhas alegrias
Minha mente de uns anos par cá, anda confusa
Ando cismado, assustado, com o ferro embaixo da brusa
Pronto par qualquer treta, pronto par somar
O que tive de ser, pela beça de Deus será
O que é bom par alguns, nem sempre agrada a todos
Bola logo esse fininho, e ver se acende outro
Vida loka é assim, não esconde o que é
Sua origem é tudo, sendo homem ou mulher
Que merda, que porra, um fininho só não dá
Par se mante alerta, tem que se a branca pura
Curtindo sabotagem, lendário mestre, repper de verdade
Cantava par conscientiza, a juventude com coragem
Já dizia o próprio, rap é compromisso não é viagem
Se foi e deixou, muito mais que saudade
Bicho do mato, na roça se sente em casa
Em salvador mim cinto assim, no meio da rapa
Envolta da fogueira enchendo, as taças
Uísque, vinho, cocaína e maconha
Salvador é minha casa, não a babilônia
Vagabundo aqui manda, não obedece
Corta no aço policia, e gera os testes
Medo de morre par quer, se é inevitável
Vamos busca o nosso, vamos por arregaço
Se o malote vir, pampa, bam bam bam, mó mamão
Se não, pelo menos um deles deixo no chão
Tipo aquele segurança do ano passado
Quis banca o heróI, e morreu ajoelhado
Quis defende, o patrimônio do playboy
E agora sabe, o quanto uma bala dóI
Al invés de ouro, moto, carro importado
O que quero é leva, comida por prato
As minhas filhas, não pedirão par nasce
E par não velas sofrendo eu prefiro morre
Já que não consigo emprego, nem de faxineiro
Tenho que mete nos boy, pá ganha dinheiro