Era uma pedra e não me mexia, e o tempo seguia indo devagar,
O único risco, de fato, que havia, era o de um raio querer me pegar.
Já nascendo árvore, eu me balançava, quando o bom vento passava por mim,
Mostrava meus frutos e flores aos pássaros, eu me encantava com todo o jardim
E então eu vim em belo animal, e o movimento cresceu em vigor,
Espaço e o tempo, o medo e a fome, já se alternavam com traços de amor
E o ser humano veio com seu ego, aprendendo coisas como de patins,
Ficando pertinho de um corrimão, arriscava pouco mas não ia ao chão
Do que vem após muito pouco se sabe, porém é bem certo que seja melhor,
Se cada trajeto foi sempre mais amplo, é claro que acabo chegando ao maior.