Ombro, perna, saia, o peso do planeta nos calos de Gaia
Ondas batem na areia, costas, praia
Forno, festa, casa, o corpo engole e se adapta, anatomia
Zíper lento, lenço, vento hipertenso, alegria
Hora de viver, olho pra você querendo tentar
Querendo se mexer, tremendo sem parar
Debaixo do lençol
Da porta pra fora um livro em branco
Esperando parados um pouco de nada
O que nos acalme seguimos cantando
O que valha a pena e nos leve pra casa
Pétala de lótus se abrindo, primavera, dança da chuva
Pele branca emancipada, foz de pelo desmatada
Jorra a fonte e desencanta, incoerentemente se desgarra
Rasga o pano, abre a mente, escorre o suco
Suga o sumo testa o ventre
Hora de viver, olho pra você querendo tentar
Querendo se mexer, tremendo sem parar
Debaixo do lençol
Da porta pra fora um livro em branco
Esperando parados um pouco de nada
O que nos acalme seguimos cantando
O que valha a pena e nos leve pra casa