Eu vim aqui lhe dizer
Eu vim aqui lhe contar
Que o mundo pra ser mundo
Tem que mudar de lugar
Ah por onde anda
Ah, por onde andará
Tempos estranhos, ventos de ódio
Nós nas entranhas, ilógica do ópio
Só peso tenso no ar
Armas nos bolsos, língua afiada
Amor à míngua, tropas perfiladas
Grito o sufoco pro ar
Ah por onde anda, ah por onde andará
Palavras de ordem, liberdades castradas
Mordem sem nexo verdades forjadas
Crianças presas, sem ar
Egos desfilando em palco virtual
Corpos sem cores crendo no bem e no mal
Sombras infladas de ar
Ah por onde anda
Ah, por onde andará
Bocas que movem, certezas rasgadas
Pernas andantes, a vida gritada
Um giro solto no ar
Ah, por onde
Ah, por onde andará