I - Em Preto e Branco
Música: Sigma 5 / Letra: Mauricio Coelho
Já não sei mais onde procurar.
Queria poder ver mais uma vez
As mesmas cores que eu pintei aqui
Nas mesmas flores que eu colhi,
E agora não colorem mais o meu jardim,
Que nunca mais eu vi sorrir...
As cores dizem sempre muito mais:
Palavras, sonhos, sorte, dor...
O que você buscar.
Penso em cores, tons que eu nunca vi,
Palavras novas que eu jamais ousei,
Enchendo minha mente, corpo e alma,
Abrindo as portas... Posso entrar?
Sou eu quem pinta o quadro... Quer comprar?
Sou eu que escrevo a música... Quer dançar?
Na parede do meu quarto
Onde eu possa talvez me encontrar,
E então sorrir mais uma vez.
Em preto e branco os dias passam devagar,
Como se o tempo entendesse a minha dor,
E não quisesse mais incomodar.
Eu canto a mesma melodia sempre triste,
Sempre em frente, sempre a procurar.
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II - Horas
Música: Sigma 5 / Letra: Mauricio Coelho
Pra que se lamentar,
Se o tempo não vai lhe esquecer?
E tudo que passou,
Ninguém jamais vai entender.
Eu sei...
Os sonhos morrem cedo,
Logo ao amanhecer.
E um novo horizonte
Se molda quase sem querer.
Quando o sol nascer
Eu vou voltar às cinzas,
Procurando o que não posso ver.
E se o relógio parar de girar,
Talvez a luz também deva morrer.
Talvez eu pare até de procurar
O que eu já não posso entender.
Eu conto as horas sem parar.
Vou num compasso diferente.
Sigo buscando em minha mente
As cores que vão me levar...
Pra parede do meu quarto,
Onde eu possa talvez me encontrar.
Na parede do meu quarto,
Onde as horas fingem não passar,
Eu vou sorrir mais uma vez...
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III - Fuga
Instrumental - Música: Sigma 5
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IV - Ponto Zero
Música: Sigma 5 / Letra: Riq Ferreira, Luiz De Simone e Mauricio Coelho
Sim, aqui estamos nós,
De volta ao ponto zero,
Diante do que fomos...
(E eu) cansado de nadar contra a maré,
Já não tenho qualquer tipo de fé,
(Vou) perdendo batalhas...
Sim, se há um destino é aqui, eu sei...
Mas poderia ser bem mais...
Minha vida era tão certa,
E sem saber ao menos, (eu) vivia de ilusões.
Está feito, este quadro negro em degrade,
Como um traço desbotado
Que em seus erros faz reconhecer
Todo tipo de pecado.
Ah, se eu pudesse então voltar ao tempo que passou
E enfim poder errar em paz,
Sem a culpa que ainda existe em mim,
E buscar o que restou do sonho.
Repintar, descobrir
Cores que eu criei e nem sonhava existir.
E me encontrar,
Talvez até partir,
Em busca do pouco que fui,
Do que restou de mim antes do fim.
By Violator CDR