Pra gostar
Bom é o jeitinho brasileiro
assim entre o sofrido e o catimbeiro
feito Ary numa aquarela
Mentira há de ser sinceramente,
Topada também toca pra frente
gostar, mas de qual delas
Viver
Viver com a pulga atrás da orelha
Quanto mais coçar, sorrir.
Sambar, ô, ô, ô, ô,
Sambar
Com um prego no sapato pra peteca não cair
Viver, reviver
Ver na saudade uma vizinha Ioiô no quintal!
Folga pro meu lado, mas canto a marchinha
De um antigo carnaval
Vizinha
Ioiô morena, irmã da loura Iaiá
O meu irmão noivou de Iaiá feliz.
Mas viu na morena calor de pão, sumo de limão,
frescor de buritis
e água de riacho rente aos pés,
um zonzo de zumbido das abelhas, mel dos méis
Se Iaiá saía, Ioiô vizinha se despia, a flor do quintal
Meu irmão penava mas cantarolava
pra manter sua moral
Lourinha, lourinha, dos olhos claros de cristal,
quanto tempo ao invés da moreninha, serás a rainha
do meu carnaval
Lourinha, morena, rainhas do meu carnaval,
qualquer dia, Iaiá e Ioiô vizinhas
Vão reinar juntinhas lá no meu quintal.
Braguinha, Braguinha, Braguinha, não me leve a mal
Eu não esqueço a loura e a moreninha,
Pago a tua parte em Direito Autoral