Andava sozinho, perdido, carente, caído
Caçando em minha mente abrigo pro orgulho ferido
Tentava encontrar motivos pra não desistir
Tentei levantar, mas caí, caí em tentação
Tentativas frustradas de me alegrar em vão
Companhias pesadas que me derrubaram
Orgias, orgasmos, orvalho, obsessão
Trapaceado, aos trapos me abandonaram
Sem amigos, sem amantes, sem a mínima consideração
Considerei conhecer o céu
Mas bem antes que eu pudesse degustar o fel
A felicidade me encontrou
Vestida de mãe, estendendo a mão
Implorando pra eu não me culpar
Afinal sempre dá pra recomeçar
Quem nunca bebeu egoísmo?
Fumou orgulho ou cheirou vaidade?
Que ofereça a primeira pedra
O vício é o ócio da humanidade
Por isso mãos à obra
Pois só o amor medra