Ele era apenas um sujeito
Sujeito sem pronomes, nem codinomes
Sem verbo, sem vogais, sem noção.
E ao passar do tempo
Perdeu a compostura
Feita por gostos e desgostos de uma vida
Sozinho e mal acompanhada
Não há sintaxes, nem plurais
Pra suportar essa dor
Que veio em meio o rancor
Sem pedir pra passar
E a consoante sozinha
Te fez iluminar a dor do sujeito.
Sujeito sem plural
Esperando uma vogal pra lhe consolidar
Esperando um aposto pra lhe significar
Esperando uma vida inteira a chorar
Uma vida inteira a chorar
E assim os ditados
Mais dito que falados
Perderam os sentidos
E a velha regra, observou
E tudo em fim se fez mudar
Não tem regras que faça eu saber
Seu jeito sujeito de ser