Respeitável publico
O espetáculo começou
Senhoras e senhores
Habilidades superiores
Levada elevada levando a leva
Livrando e lavando a alma
Escute com calma
Não precisa bater palma
Não precisa fazer barulho
E nem a mão levantar
Só com atenção escutar
Canção que te faz levitar
Não sou ilusionista
Mas hipnotizo sua vista
Invado lares, não sou sem rimas
Não invadirei seus hectares
Sem manto escuro
E sem chapéu pontudo, contudo
Magos do diafragma
Rimo sorriso e lagrimas
Meu conteúdo, estudo
Meu escudo, minha espada
Minha excalibur
Língua afiada
Me apóio na minha poesia
Ela é o meu cajado
Chave que abre o cadeado
Do calabouço meus esboço
É a pedra filosofal
Não mudo pra encher o bolso
Nem me vendo por capital
Revelo como bola de cristal
Poder mental da selva leão
Demais pro seu quintal, porem mais um mortal
Nem melhor nem pior eu e eu somos um só
Retornaremos ao pó
Pode crer; que eu busco sempre
A minha melhora
E não perco a esperança
Sou como a caixa de pandora
Não é conto de fada
Levada nois desinbucha
Tiro de garrucha, renova igual ducha
Bola, acende, puxa
Voando no flow igual bruxa
Na vassoura voadora
Não gosto de rima murcha
Nóis chega na voadora
Não é feitiçaria, macumba, magia
Mandiga, truque
O poder da gente vem da força
Da mente e não do muque
Busco a sabedoria
De um antigo sacerdote
E com meu dote me esquivo
Do bote dos iscariotes
Um barraco na favéla
É meu castelo onde eu castelo criando
Letras mágicas, mas não
São cipriano
O caderno é meu caldeirão
A caneta minha vara de condão
Preparo a poderosa poção
Que nutre como umbilical cordão