Tem algo escondido nos trilhos desta cidade,
Ou então nas montanhas ao lado, ou então nas montanhas ao lado,
Sem falar no lodo, do lago estranho,
Ou nos confins escuros de minha cabeça.
Me livre logo desse selênico,
Desse selênico que me ensurdece,
É mesmo, mas é inútil ouvir,
Quando ninguém te fala a verdade.
Não me amedronte, com céu escuro,
Com seus caminhos estreitos, com seus caminhos tortos,
E não me empurre nada, nada que seja
Uma coisa por fora, e outra por dentro.
Não me mostre nunca se for falsidade,
Não me diga nada se for mentira,
Não tente me valar quando digo a verdade,
Marra então se ficar entediado.
Talvez seja nas árvores, ao lado dos trilhos,
Em cima das montanhas e dentro de alguém.
Talvez seja nas árvores, ao lado dos trilhos,
Em cima das montanhas e dentro de alguém.
Me livre logo desse selênico,
Desse selênico que me ensurdece,
É mesmo, mas é inútil ouvir,
Quando ninguém te fala a verdade.