Encaro a vida de frente, pois sei aonde morro cara, não
sou pensador, sou da rua aonde é a lei da bala lugar
marcado pelo jornal e pela policia cartão postal da
violência, da cocaína vila predominante pela raça
preta mais sempre fica na mira de uma escopeta vivendo
na precariedade, gente pobre que sobrevive a cada dia
cara como pode, vendendo farinha, maconha um grande
comercio ele cito mais no momento é o que dá dinheiro
carros do ano subindo descendo nas ruas da vila
aliados, drogados espertos com a pt na cinta prepara
para o confronto direto com a policia quem pode mais
chora menos vamos vê quem é que fica criança jogando
bola no campinho da creche rapaziada na quadra
rachando um basquete mulherada fofocando antes e
depois do almoço quem foi quem vai ser o próximo a ser
morto a lei da vila não é nada amigável ré na lei do
cão meu irmão não é nada favorável é só reza pedi
proteção pro santo cristo e na sala depois compra um
38 e duas cachas de bala se não é um concelho e sem
uma Orientação cada macaco no seu galho sempre de
prontidão, pois o inferno é aqui não existe outro
lugar vacilo fico pequeno pode acredita
Esse lugar é um pesadelo periférico
Pra sobreviver aqui tem que ser mágico 2x.
O sol se Poe, se Poe a noite na seqüência vem o outro
lado da moeda vai brilha não vejo ninguém na rua o
limite é o portão olhos abertos e atentos a qualquer
confusão, carro virando a esquina farol alto devagar
tô esperto com a mão no ferro vendo o que vai dar
infelizmente é a policia não tem como escapar dois
manos meus são enquadrados na porta do bar (prrrrrra)
mão na cabeça perna aberta serão entrada e tudo diz
que os conhece e já derão estou queimando fumo mais
nada é encontrado eles estão liberados com sua boca
sangrando e alguns ossos quebrados observo da minha
casa e vejo tudo calado estão acostumado com tudo isso
pois essa é e sempre será a rotina de onde eu moro
sempre culpado por tudo que rola nesse subi mundo é a
verdade mais clara estampada nos jornais noticiário na
tv, radio e outros mais diz igual a preto real essa é
e realidade querendo ou não em campinas se torna o
marginal padrão não tem como escapar o clima preto no
ar a marginalidade cresce a tendência é piorar
Vários vizinhos eu vejo compra vende-se esta casa estão
cheios da área triste dizendo assim pois o inferno é
aqui não existe outro lugar
vacilo já era pode acreditar
Esse lugar é um pesadelo periférico
Pra sobreviver aqui tem que ser mágico 2x.
Pode pensar que o que eu falo é forte de mais, mais é
a vida como ela é e nada mais observe vire e chegue e
uma conclusão por que bairro pobre é só miséria e
baixaria então nunca fomos lembrados por nenhum filho
da puta eleito não sei porque acharam algum defeito
aqui só morra preto não merecemos respeito nem si quer
temos ajuda e nem tão pouco direito mais abserve a vila
de brancos requentados tem policiais nas ruas dando bom
dia aos vigias mais em Campinas você pode crê tem
policiais nas ruas enquadrando você estamos esquecidos
nesse lugar surje desgraçado não tem jeito o meu
destino é morre nesse buraco é aqui que eu fui criado
correndo pelas ruas atrás de doze balas e agora mano
10 anos depois não posso esquecer meu passado que na
vila foi plantado é violento mais eu gosto é a minha
vida é revolver, maconha, policia e cocaína não venha
pra cá sem ser convidado ande esperto maluco com tudo
tome cuidado, pois o inferno é aqui não existe outro
lugar vacilo já era pode acredita.
Esse lugar é um pesadelo periférico
Pra sobreviver aqui tem que ser mágico 2x.