Sergio Vaz. Part.01
Meus olhos sentem falta de novas paisagens
Meus pés de novos caminhos
Minha fé de novos milagres, meu corpo de novos
carinhos
Minha boca de novos beijos, meus beijos de novas bocas
Meu desejo de outras vontades, minhas vontades de
tantas outras
Quero me perder e não quero saber o endereço
Quero não reconhecer o que vejo
Quero aprender do começo
Quero é ser estrangeiro de mim mesmo
Não quero endereço fixo, nem casa
Já tenho a lua que na noite me persegue
O sol que me aquece como brasa
As estrelas, e constelações me seguem
Não quero mais pés eu quero ter asas
Refrão:
Não quero vida longa eu quero é vida cumprida
Não quero ser resposta eu quero ser quem duvida
Não vou deixar herança quero ser saudade e lembrança
Não quero ser exemplo eu quero é ser esperança
Não desista, acredita, sonhar é preciso
Acreditar que é possível
Part.02
Hoje derrota é tão comum, vitória sempre traz bochicho
Um Preto incomoda mais num carro de luxo que jogado
numa lata de lixo
O povo lota pagodes rumo à cadeira elétrica
Outros cultivam esperança em las de casa lotérica
Sem lazer quebrada é só boteco e igreja
Luxo é pecado e provação é miséria e pobreza
Vi muitos olhos tristes, por onde eu estive
Poucas rimas que respondem perguntas que
eu sempre tive
Pior são os que morrem sem motivo
Ou os que mesmo sem motivo eu sei ainda vivem
Rotina me sufoca, dias em reprise
Lágrimas que caem, valores em crise
Pianos tocam notas e acordes tão tristes
Soldados lutam por paz que não existe
Não quero destino traçado quero traçar meu destino
Quero ser minha pátria escrever o meu hino
Quero ser minha bandeira, Quero ser o meu exército
Quero ser o meu povo, eu quero honra ao meu mérito
Tem muito luto pra tão pouco luta
Pouca vitória pra tanta disputa
Pouca resposta pra tanta pergunta
Muito se fala pouco se escuta
Foco e disciplina!