Só na verdade agora o que é que eu temo
Agora o que é difícil é um sentimento
Um vício pelo momento em que é propício
Ver-te em pé sozinho a seres o que isso leva a seres
Play no beat
Tarola a marcar
Deixar a caneta rasgar
Fluir sem parar um minuto
De pensar em voltar a ser mudo
A mudar o mundo onde eu passar
Só na verdade agora eu temo que as palavras
Passem do pretexto de passar a boa vibe
Já vi muito artista die por desleixo
Mas se eu nasci foi pa cá estar no desfecho
Apanhei-me a revirar os baús do possível em busca de
Culpa ou desculpa plausível, se amor é concretamente o combustível faz o que te apetece
Concretamente
Concentras-te a fazer pa não cair é um vicio
Até esqueceres porque é que tás a ouvir o início às vinte e três
E outra vez
Já esqueceste o objectivo
Outra vez
E outra vez
Esqueceste os teus porquês
Esqueceste e então
Concentras-te a fazer pa não cair é o vício
Até esqueceres porque é que 'tás a ouvir o início às vinte e três
E outra vez
Já esqueceste o objectivo
Outra vez
E outra vez
Esqueceste os teus porquês
Esqueceste os teus porquês
César augusto é o nome
O pai do pai que ensina a fome, ensina enquanto come
Duas da tarde, setúbal minha, o cota diz que sente a disciplina
Que eu trabalho sempre sem que o patrão diga
Eu riu e digo: "avô, a cena é só fazer por gosto"
Acena emocionado e diz que o meu caminho amado é mais caminho
Que o caminho que é suposto
E eu caminho até à porta, nesse dia
Com o carimbo desse monstro amado
E saio mais forte que gravidade
Dum instante sem idade, tão confiante
Tão imune a essa saudade
Subo aos ombros dos gigantes
À procura da verdade