Tem a delicadeza de ser agressiva
Agressividade de ser delicada
Matamos uma garrafa de sidra
E ela vai de boça a rima embolada
Me remete a paz, se o dia tá ruim tanto faz
Que se foda o mundo la fora
Só quero a serenidade que o olhar dela me trás
Mulher, me deu o privilégio da sua presença
Se transformou na minha crença
Invadiu coração e nem pediu licença
Mas tá em casa, amor pega uma taça
Que agora sim a noite vai ter graça
Um soco na cara pra quem se diz auto suficiente
Alegria quando ela está
Melancolia quando está ausente
Uma obra de arte com resquícios de perfeição
E não há encaixe mais perfeito
Que a mão dela na minha mão
Madrugadas se tornaram curtas
Entre cigarros e bebidas
Tem mil personalidades, e todas elas são lindas
Já nem sei que dia é hoje ou que horas podem ser
Só me abraça forte e assistimos o sol nascer
Vamos ver o sol nascer hoje
Não quero mais nada, tô bem
Eu e você, a lua, na rua
Sem hora pra voltar pra casa
Então me abraça enquanto o sol não vem
Um romance talvez, um lance que se fez
Um olhar sem nitidez, e eu me entrego outra vez
Passeia pelos temas, de romance a comédia
Autenticidade que faz clichês sentirem inveja
Seguindo nenhum tipo de padrão ou regra
A novidade de um casal moda antiga, meio brega
E veio como um tiro e se alojou na minha mente
Nos lábios dela encontrei o melhor dos entorpecentes
Vamos ver o sol nascer hoje
Não quero mais nada, tô bem
Eu e você, a lua, na rua
Sem hora pra voltar pra casa
Então me abraça enquanto o sol não vem