Boi, boi, boi da cara machada
De gente que só fala
E joga na minha cara
Que eu não sei sorrir
Que não sei me cuidar
Boi, boi, boi do dente amarelo
É falta de cuidados
É falta de importância
Jogado atrás das grades
Não é humano errar?
E por que socializar?
Se não passo do acaso ou exceção
Eu sei, não sei sorrir
Sei que nunca fiz questão de fingir
Boi, boi, boi conversa comigo?
Ninguém te quis ouvir
Não quis te entender
Como é a solidão?
Acho que eu te entendo
E por que socializar?
Se não passo do acaso ou exceção
E eu sei, não sei sorrir
Sei que nunca fiz questão de fingir
Que eu estava bem
Que não me importava
Com o que falavam sobre mim
Fingir que não ligava
Para o que as pessoas se tornavam
Fingindo não saber o que ninguém pensou
E por que ir lá fora?
Se já sei o relatório desse caos
Não quero sair do quarto
Só estou dentro da minha proteção
Vai viver, se enturmar
Vai sorrir, interagir
Vou sonhar, aprender
Me isolando, me fingindo