Excelentíssimo senhor presidente
Aqui estou na vossa frente com muita admiração
É um brasileiro que vos fala nesta hora
Por favor, me ouça agora, nobre chefe da nação
É com respeito que venho a vossa presença
Falar com vossa excelência pra olhar pra gente nossa
Venho pedir para o senhor, bom presidente
Olhar pela minha gente que trabalha lá na roça
Vossa excelência precisa ir no interior
Pegar na mão do lavrador e ver seu rosto queimado
Aqueles calos que ele tem, eu lhe asseguro
É de um trabalho duro, muito honesto e muito honrado
Este meu povo é igualzinho a formiga
Trabalha muito e não liga, sempre foi batalhador
Por isso digo e repito novamente
Ajude, senhor presidente, meu querido lavrador
Pertenço a eles, eu falo de coração
Se for preciso beijo a mão deste povo tão ordeiro
Bato no peito, grito alto, falo sempre
Sou filho de boa gente, e sou filho de um roceiro
Eu vim da roça está fazendo muito tempo
Me lembro a todo momento do meu povo do interior
Porque meu sangue é de um povo hospitaleiro
É sangue de brasileiro, é sangue de lavrador