Eu fui o rei do baralho, vivi de má intenção.
Jogar carta e beber cana era minha inclinação.
Quando eu sentava no jogo, sentava de prevenção.
No sinto um "revolve smith", muita bala e um facão.
Já bebia uma cachaça misturada com limão
Puxava o chapéu pros olhos e misturava o carvão.
Roubava uma carta e duas, jogava outra no chão
Botava outra no bolso, tava feita a "tapeação".
Um parceiro ou outro via, já me chamava atenção
De bravo eu virava a mesa, me chamavam de ladrão.
Outro mais gato gritava terminem com a discussão
Seguia o jogo de novo,vergonha não tinha não.
Quando amanhecia o dia não me restava um tostão
Chegava em casa com sono já dava outra explosão
A mulher pedindo roupa, os filho pedido pão
E eu não tinha pra dar, que maldita profissão.
Riacho do Navio
Corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar
No São Francisco
O rio São Francisco
Vai bater no meio do mar
O rio São Francisco
Vai bater no meio do mar
Ah! se eu fosse um peixe
Ao contrário do rio
Nadava contra as águas
E nesse desafio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
Pra ver o meu brejinho
Fazer umas caçada
Ver as "pegá" de boi
Andar nas vaquejada
Dormir ao som do chocalho
E acordar com a passarada
Sem rádio e nem notícia
Das terra civilizada
Sem rádio e nem notícia
Das Terra civilizada.
O candeeiro se apagou
O sanfoneiro cochilou
A sanfona não parou
E o forró continuou
Meu amor não vá simbora
Não vá simbora
Fique mais um bucadinho
Um bucadinho
Se você for seu nego chora
Seu nego chora
Vamos dançar mais um tiquinho
Mais um tiquinho
Quando eu entro numa farra
Num quero sair mais não
Vou inté quebrar a barra