Um céu estrelado sobre antenas parabólicas do meu andar
Flutuando no espaço entre o céu e o asfalto a piscar
Imaginando luas que dançam ao som de um velho blue
Que toca na antiga vitrola de outras eras há muito tempo atrás
Vozes que do passado vêm anunciar melancolia
Nosso mundo alucinado que viaja a revelia
Por trilhas descabidas talvez só conhecidas por um deus azul
Que sonha indiferente chupando mangas no extremo sul
Neste aquário atmosférico o som do contrabaixo é o que vai contar
Perfume de jasmim deslocado na noite da cidade
O piano ao lado põe-se a batucar nostalgia
E eu indiferente viajo em pensamentos pra Istambul