Dona Rita
Quem é, você
Pobre alma que vaga pela escuridão
E repousa inquieta,
Nos braços de um poeta que só
Recita versos de calças na mão
Quem é, você
Que se vende por tão pouco
E pouco olha pro focinho
Daquele porco que já não recita mas
Porque se diz, estar louco
Por sugar tanto esse velho, jovem poeta ou não
Sai pisando em ovos,
Pra não deixar sua identidade, diante nãos
E no surtar do sol, na noite em que tu vagas
Volta a ser a maldita dona rita
E no prédio em que reside
Lava as calças do marido careta
Que pra ela, diz que vive