Mantenha suas meias sempre secas, meu irmão
Eu não sei porquê fingia prestar tanta atenção
Eu sei, eu não sou sempre assim
Eu devo admitir que não
Foi isso que eu pedi
Não foi isso que eu sempre quis
Eu sei
Mantenha a coluna reta
E o peito aberto em formação
Eu não sei porquê se põe à prova a aceitação
De quem não quer mais ser assim
De quem parece enfim
Clamar por um final feliz
Por um sinal de que isso está por vir
Mantenha bem fechado o punho
E nele a mais concreta aceitação
Eu não sei porquê me molha os olhos
A espera por alguém que não
Pretende mais voltar
E tem medo de encontrar
Os anos que perdeu
E o triste fim que ele escolheu