Chega a sexta-feira o sol nublado,
O tempo que não passa, inútil.
Sem ter o que fazer, sem ter o que beber,
Revelo a minha situação pro mundo.
Em casa a TV ligada,
A cama quebrada, deitada num chão duro.
A parede rachada como a minha vida que segue sem rumo.
Na rua os carros passam,
E nada passa nessa cabeça desvairada,
Ando num vazio de milhares de pessoas,
Que são possuídas por pessoas mal intencionadas!
Volto pra casa a TV ligada,
A cama quebrada, deitada num chão duro.
A paciência esgotada, a paranóia emplacada, um inseguro.
E vou levando minha vida,
Para um mundo isolado de todos,
Aonde posso ser, não sei se devo ser,
Um ser que brilha numa escuridão!
Eu tô feliz, mesmo sabendo que!
Sou um indivíduo tentando não fazer nada.
Essa é a minha vida
E vou levando-a pro fim desta estrada!