Terra para todos
Para todo e qualquer gosto
Para sua produção
Sua justa exploração
A todos sua terra tem direito
A sua produção com respeito
A ela que nos traz o que comer
A nossa mãe eterna não pode morrer
Mas muitos não aproveitam
Muitos não respeitam
Muitos a violenta
E uma hora ela não aguenta
A todos sua terra tem direito
A sua mãe sincera sem preconceito
E que o castigo ela traz quando não respeita
A nossa mãe sincera não pode morrer
E a sua decadência
A sua impaciência
Vem se aproximando
Da ganância urbana que vamos conservando
E tem gente que muito tem
Mas não aproveita o que tem
Egoísmo sem sentido
Que acaba levando muitos pra beira do abismo
Terra para todos
Olha pro guerreiro com a foice na mão
Lutando quase descalço com os pés no chão
Lutando por uma terra que é pra todos
Numa luta desigual onde não valorizam seu esforço
Mulheres e crianças
Velhinhos também
Entram na luta dizendo amém
Tentando conter sua fome e desespero
Fome e desespero!