O triste nisso tudo é tudo isso
Quer dizer, tirando nada
Só me resta o compromisso
Com os dentes cariados da alegria
Com o desgosto e a agonia
Da manada dos normais
O triste em tudo isso eh isso tudo
A sordidez no conteúdo
Desses dias maquinais
E as máquinas cavando um poço fundo
Entre os braçais, eu mesmo e o mundo
Dos salões coloniais
Colônias de abutres colunáveis
Gaviões bem sociáveis
Vomitando entre os cristais
E as cristas desses galos de brinquedo
Cuja covardia e medo dão ao sol um tom lilás
Eu vejo o mofo verde no meu fraque
E as moscas mortas no conhaque
Que eu herdei dos ancestrais
E as hordas de demônios quando eu durmo
Insfestando o horror noturno
Dos meu sonhos infernais