A luz azul de um abajur
Discreta cópia do luar
É minha triste confidente
Enquanto ausente estás e fico á esperar
Sobre a mesinha de laquê
Pus duas taças de cristal
Entre as garrafas de licor
Eu fiz amor, um coquetel de olhar
Vai longe o tempo, vai! o relógio impertinente
Inclemente, não pressente o meu sofrer
E continua á bater
Eu apaguei a luz azul, discreta cópia do luar
Guardei as taças de cristal
Triste final e comecei á chorar