Estes versos que eu canto agora,
faz lembrar meus tempos de guri
Quando eu vivia lá fora nas barrancas do rio Jaguari
Ainda existe naquele lugar a tapera a onde eu nasci
E o sangão atras da casinha onde eu pescava lambari.
Eu recordo e tenho saudade da importância do Rio Jaguari
Do outro lado na outra barranca alguns anos da infância eu vivi
Eu recordo de muitas pessoas que há anos viveram ali
E que eu atravessava o rio para ver minha tia Araci.
Velho rio pedaços da infância eu me inspirei em tuas águas
Elas levam pra longe as tristezas
e também afogam minhas mágoas.
Cai a noite quando a lua cheia em tuas águas ela vem se banhar
E depois as águas vão embora levando segredos
pra contar ao mar.
As águas correm no leito e desaguam no Rio Ibicui
Depois correm rumo a fronteira banhando várias querências dali
Desaguam no Rio Uruguai belo rio da Bacia Platina
E depois correm até o Rio da Prata junto a bela capital Argentina.
O progresso fez da minha terra com a desculpa da evolução
Acabou com os peixes do rio com os efeitos da poluição
Precisamos ter muita consciência
para ver o que está acontecendo
E tomar alguma providência ou o rio acabará morrendo.
O progresso pode ter certeza que ele deixa muita sequela
Defendemos a mãe natureza ou morremos junto com ela
Basta olharmos a nossa volta para ver a situação que ficou
Ainda bem que tem gente acordando
e tentando salvar o que restou.