Seus joelhos, tornozelos, mãos
Coxas, nuca e cabelos vão
Espichados, derramados
Amarrados aos meus
Cotovelos, sobrancelhas, voz
Olhos, boca, peito, orelhas, nós
Agarrados, embrulhados
Enlaçados, consumados em dois
Noites em nanquim
Em papel de arroz
Tudo o que tem fim
Fica pra depois
Nebulosas, as mucosas tão
Cor-de-rosa as mariposas vão
Indo, abrindo, engolindo
Digerindo, consumindo a luz