Moro nas fronteiras dos seus olhos com meu coração
ai como é bom se a vida alcança
um rabisco na lembrança
que a infância prometeu.
Moro nas fronteiras dos seus olhos com meu coração
olê, olê, olê pimpão
pousa aqui na minha mão
olê, olê, olê pimpão
quero ouvir uma canção
olê, olê, olê ioio
pra nós dois falar de amor.
Navegante do meu barco
que mãe fez de papelão
levava o mar para um galpão
onde não há pirataria.
E ocê queria que o mar fosse no quintal.
E ancorar lá no terreiro
numa ilha de isopor
o meu farol era uma flor
daquelas que o cheiro incendeia,
ioio, pra nós dois falar de amor.
Ô ioio, falar de navegação.
Moro nas fronteiras dos seus olhos com meu coração
olê, olê, olê pimpão
pousa aqui na minha mão
olê, olê, olê pimpão
quero ouvir uma canção
olê, olê, olê ioio
pra nós dois falar de amor.
Viajante nas estrelas
entrei na constelação
era uma roda de ciranda
cantigas do bem-querer.
Ai, eu queria constelar só mais ocê.
E esconder onde mãe Lua
pousou com o seu clarão
só que só eu escondo não
escondo só se for co'cê
ioio, pra nós dois falar de amor.
Ô ioio, falar de constelação.
Moro nas fronteiras dos seus olhos com meu coração
olê, olê, olê pimpão
pousa aqui na minha mão
olê, olê, olê pimpão
quero ouvir uma canção
olê, olê, olê ioio
pra nós dois falar de amor.