Ê boi, boiada
Ê boi, gado manso
Ê vida de gado
Os meninos lá do mato
Nunca pensam no futuro
Planta milho, colhe o pão
Esperança no 'aboi' do gado
Ê saudade sem fim da morena |
Ê saudade sem fim |
Ê saudade sem fim da ribeira |(Bis)
Ê saudade sem fim. |
Seca vida, conversa longa
Gemido denro, olhares distantes
Fogão de lenha, panela de barro
Risos e dentes e vertigem.
Ê saudade sem fim da morena |
Ê saudade sem fim |
Ê saudade sem fim da ribeira |(Bis)
Ê saudade sem fim |
Mameleiro alastrado
Na caatinga no serrado
Canta minho, corta pão
Esperança no "aboi" do gado
Ê saudade sem fim da morena |
Ê saudade sem fim |
Ê saudade sem fim da ribeira |(Bis)
Ê saudade sem fim |
- "Me perguntaram certa vez, o que era fome.
Eu respondi: Fome é um 'ixercito' de solidão, é
a ambiçao do cáuculo na dedução do patrão
Fome é "derna" de cintura arrochando cinturão
É morrer sem ter gemido, o inferno sem perdão
Fome é minha paciência, em grito de maldição
Quer saber mesmo o que é fome? Fome é a ausencia
no estomago da lei da gravitação"