Me desaponto
ao ponto de não escrever nada.
Nem idéias, memórias, fato algum.
Deixei de ser uma esferográfica,
já que hoje me fazes sentir
Um "Lápis Comum"
Te escrevo poesias e você apaga
as vezes o grafite quebra
e eu aponto a dor.
Uso apontador.
Me desaponto a palavra falha
O grafite vai ficando cada vez menor.
E cada vez que o grafite quebra
eu uso apontador.
Eu aponto a dor.
Não importa a poesia que escreva, tua raiva como borracha vem apagar.
Por não ter uma vida esferográfica, não queres me dá
valor algum.
E de tanto "apontar a dor" ficando cada vez menor.
É o fim do lápis comum.