Nenhum porquê vai desfazer
Nenhum de nós assim, a sós.
Ninguém dirá do que restar
Que não foi nosso melhor,
Que não foi melhor assim.
No final das contas,
Tudo conta a mesma história Sem final feliz.
Talvez se fez o novo
Do que já passou.
Tudo não passou
De passos em vão.
Espera ser de novo.
A chuva vai passar.
Tudo bem se "nós dois"
For ficar pra depois,
Tudo bem se o depois
Nunca mais chegar.
Nada além do que foi
Pra lembrar de nós dois.
Nada vai voltar.
E eu contra a maré Contrariando a fé,
Contra-indicação
Pro teu coração,
Eu na contramão,
Contra tudo e todos,
Na contravenção, Contracultura,
Pura contradição.
Cobre a culpa com desculpas,
Mas não cobre nunca
O que eu não posso te dar.
Deixa tocar agora
A velha canção,
Os teus pés no chão.
Outra direção
Pra caminhar lá fora
Sem olhar pra trás.
Tudo bem se "nós dois"
For ficar pra depois,
Tudo bem se o depois
Nunca mais chegar.
Nada além do que foi
Pra lembrar de nós dois.
Nada vai voltar.
Não há porém, não há senão,
Mas tudo bem se é certo ou não.
Já não importa. Abre a porta, Deixa entrar outra
estação.
Não há ninguém, não há sinal
De algo além, só um sinal Fechado e nós dois calados
Logo após o temporal.
(Tudo bem, não foi diferente. Quase nunca é pra
sempre).