Nem tem um dia ressurgiu a trotesito
Muita alegria alimentando o lar costeiro
O pescador tomava as tralhas de labuta
cantarolando ia ao rumo de um pesqueiro
Tocando o barco se perdia na distância
Num vai e vem como a formiga cortadeira
Fisgando peixes, alimento para o rancho
Enquanto a amada a trabalhar de lavadeira
Fisgando peixes, alimento para o rancho
Enquanto a amada a trabalhar de lavadeira
Ondas traiçoeiras negaceiam pescadores
Lá muito além buscando pão para o sustento
de durarena, de contendas, de gigantes
vencendo as águas, o rigor e o relento
Ouviu-se o canto da coruja em mal agouro
num fim de tarde e aquele barco não chegou
e a lavadeira deitou olhos sobre as águas
Montou vigilia e seu amado não voltou
e a lavadeira deitou olhos sobre as águas
Montou vigilia e seu amado não voltou
O sol se põe lá na costeira vigilante
anos a fio mirando as águas em sua dor
um pirilampo traz a noite no cabresto
e aquele barco nunca traz o seu amor
e aquele barco nunca traz o seu amor
Ondas traiçoeiras negaceiam pescadores
Lá muito além buscando pão para o sustento
de durarena, de contendas de gigantes
vencendo as águas o rigor e o relento
Ouviu-se o canto da coruja em mal agouro
num fim de tarde e aquele barco não chegou
e a lavadeira deitou olhos sobre as águas
Montou vigilia e seu amado não voltou
e a lavadeira deitou olhos sobre as águas
Montou vigilia e seu amado não voltou
O sol se põe lá na costeira vigilante
anos a fio mirando as águas em sua dor
um pirilampo traz a noite no cabresto
e aquele barco nunca traz o seu amor
um pirilampo traz a noite no cabresto
e aquele barco nunca traz o seu amor
nem mesmo um dia ressurgindo a trotesito
e aquele barco nunca traz o seu amor.