(Xamã)
Bom dia
encaro meu rosto no espelho
dissolvo o que sobra na pia, e isso é fato
Senti no tato o gosto
A água fria com meu rosto entra em contato
E nessa cova de leão ta cheia de rato
poesia e rap, benzi uns poema com o Domecq
Peguei minhas referência apresentei pra esses moleque
Invento um argumento apresento eles em leque
Dou um catranco no setor e Carlinhos
estudando pra Espcex
Em anexo a pauta, todo meu entendimento
Pra quem quer se eternizar é só da forma pros momento
É impossível mas eu tento, disposição 100
Nem só de pão vive o homem, também de conhecimento
E esses cara enfrento, "mermo" se depois eu apanho
Escrevo um rap lavo a alma
e faço um show tomando banho
Do padrão eu to isento eles me classifica estranho
Gravata, terno e canudo com a vista desse tamanho
Todo escaldado, olha a Bm do arrombado
esportivo de dois lugar o diabo senta do lado
Eu escrevendo rap no fundo do busão lotado
Com o espirito livre pensamento ilimitado
Meu nome é Jason, mas o facão é meu mike
Quero melhores condições pra zona oeste não só like
Uns tira foto de Eike mas só tem uma bike
tira a carne do prato pra por Airmax da nike
Dinheiro é teu tranquilo então, paga tuas conta
Mas depois não vem cotovelar
com essas desculpa pronta
Que é só uma ponta caneta vim cabeça pronta
Neguin murmura que esse Xamã nasceu do contra
Mas rap é cru e nu do modo antigo
é arte arma branca pra colar e soma uns amigo
Tem pra Oxalá, pra santo, tem pra crente pra bandido
Se for mandar a capela eu faço o flow dançar comigo
(Mc Estudante)
Boa noite
Encaro o rosto na privada
lembranças que sobram do hoje
Uma caminhada embaçada agitada
que a madruga trouxe
Meu rosto desconfigurado vivo per noitado
Só ando largado talvez rodeado
talvez odiado anjos ou diabo com Emily Rose
Há quem ouse em filmes reais, fictício é a paz
Nesses intervalos somente os valores são comerciais
Me pergunto, quais? já que somos os artistas principais
Se rua, avenida, cidade
viela compõe verdadeiros carnais
Atrás de audiência jamais, paciência eu quero mais
Como aqueles que podem escolher Jesus
e optam por Barrabas
Somos vistos como marginais por doutores e policiais
Mas cansado de pular catraca ou subir na marra
na porta de traz
Todos temos nossos ideais banais aos olhos carnais
Saco vazio não para em pé
e por isso é preciso corrermos atrás
com xarpi em livros verticais protejo de forma assais
A miopia pra quem é bandido
e a rigidez em locais culturais
Sou estudante dificuldade afronta
Tento seguir meu caminho mesmo assim nego me aponta
O mal do homem é pensar, que toda a ganância é tonta
Faço rap por amor, mas preciso pagar minhas contas
Nasci do contra, monstro sem ominitrix
falar de coisa boa não é falar de tecpix
Mulheres e crianças, Black Alien e Speedfreeks
Ce nunca vai ser um timoneiro alienado a Netflix
(Refrão)
Hey o quê?
Rap pra somar, pra luta, protestar combater
(Xamã)
Quadrada, aqui é o predador da madrugada
Depois da meia noite é Deus por nós, e um por cada
Na fé no que quiser carcaça blindada
No breu poste sem luz parede pichada bonzin
ainda não capuz e a cara amarrada
Na esquina a puta diz que o programa
é um galo pra cada
Eu não uso colete é metáfora pra te deixar confuso
Isso eu uso, mas pra puxar os tapete as vezes abuso
Deus não me pôs aqui de enfeite
Se a pista tá sinistra eu acho um beco que me aceite
O sorriso é sem brilho diamante é bruto
A proteção dos menor é o oitão, não o estatuto
Se o teto é o viaduto e o jornal te aquece
Faz um furo na tampa da janta puxa que o teto escurece
Junta a mão e faça as prece, antes do corre corre
Ouve o brado desce, desce, arrombado se não morre
Alguém socorre! O sangue escorre pelo ralo
Eu sou o Xamã da superfície do assunto
até o talo 40 grau no rio "mermo" frio na espinha
E o tratado de paz espremido nas entrelinhas
40 graus no rio "mermo" frio na espinha
e suas mão suja de sangue cumprimentam as minhas
Eu sou poeta, eu juro
Hey o que? Rap pra somar, pra lutar
protestar combater