Mais uma vez abro os olhos pra ver o mundo acordar,
um silêncio perfeito, desfeito num balancar.
quem me dera ficar para sempre no outro lado,
num sono profundo completamente isolado,
viveria num sonho entre paisagens brutais,
porque a vida ca fora por vezes é dura demais
quanto mais, sempre mais, tempo passa,
então eu sigo em frente seja para o bem ou p'ra
desgraca.
lentamente, pé ante pé vou à janela,
uma infindavel paisagem parece caber numa tela.
o odor da manha e do mar, a sensação familiar,
elementos suficientes para nos fazer recordar:
pequenos momentos gravados na memória,
pequenos pormenores que mudaram a minha história,
essencial recordar o que foi mau, o que foi bom
aproveita a vida, relaxa curte o som.
foram anos e anos, perdidos acho... bazamos
mas por enquanto pesamos, naquilo que acreditamos,
uma mudanca na vida, três passos para comecar
devagar...
...fiquei no meu lugar.
espero que oucas, um dia o sol ha-de voltar,
enquanto é noite põe as ideias no lugar.
ela prime o gatilho, és só mais um a passar
é essencial viveres a vida sem te deixares afundar.
sentimento real, fatal, distante, informal,
e permanencia constante num estado artificial.
certo dia uma voz distante veio ter comigo,
num tom passivo mas alarmante, sussurrou-me ao
ouvido:
- estas entre a vida e a morte, tal como o fogo e a
água
dentro de ti contrasta a paz, a guerra, o amor e a
magua,
olha para dentro e diz-me o que ves...
agora olha à tua volta... nasce outra vez.
tais palavras ecoaram, ficaram na minha mente
tenta encontrar um equilibrio, curte a vida, se
prudente,
tanto tempo que perdes, quanto mais tempo aguardas,
puros sentimentos traduzidos por palavras.
a paz, os sentimentos que traz e desfaz tanta miséria
que ha na alma... com calma vou fazendo o meu caminho.