Moro no mato
Meu casebre está caindo
Mas vivo sempre sorrindo
Lá no fundo do sertão
Quando eu acordo
É alegre as madrugada
O cantar das passarada
Faz doer meu coração
Quando eu levanto
No meu rancho de sapé
Eu mesmo faço o café
E apronto logo o virado
Muito contente
Vou no canto da paioça
Pego a enxada e vou pra roça
Pra limpar o meu roçado
De tarde eu vorto
Muito contente cantando
Lá no rancho eu vou entrando
E a muié vem me encontrar
Eu guardo a enxada
E visto quarqué roupinha
Depois vou lá pra vendinha
Para umas horas passar
Lá pras dez horas
Na venda deixo a trucada
Digo adeus pra rapaziada
No meu rancho eu vou deitar
Vivo feliz
E digo de coração
Abandono o meu sertão
Quando a morte me buscar