Vai carreiro, vai
Nas estradas do sertão
Conduzindo a boiada
Pisando em meu coração
Puxando a carga pesada
Em seu velho carretão
Hoje eu carrego a saudade
Nesse peito de peão
Carreiro vai, vai boi
Vai carreiro, vai
Tocando a sua boiada
E um carro de boi cantando
De quebradas em quebradas
Eu também já fui carreiro
Passei por essa estrada
E agora sou prisioneiro
Desta saudade malvada
Carreiro vai, vai boi
Vai carreiro, vai
Cumprindo o seu destino
E a boiada em passo lento
A poeira vai subindo
E neste rosto cansado
O meu pranto vai caindo
Estou no final da estrada
De vocês vou despedindo
Carreiro vai, vai boi
Vai carreiro, vai
Gritando o nome dos bois
Eu vou gritando a saudade
De um tempo que já se foi
Eu vou e fica a lembrança
Dentro deste peito seu
Um dia nos encontramos
No céu ao lado de Deus
Carreiro vai, vai boi