Dotô,
Jogava o flamengo, eu queria escutar
Chegou, mudou de estação, começou a cantar
Tem mais, um cisco no olho, ela em vez de assoprar
Sem dó, falou que por ela eu podia cegar
Se eu dou um pulo, um pulinho, um instantinho no bar
Bastou, durante dez noites me faz jejuar
Levou as minhas cuecas pro bruxo rezar
Coou meu café na calça prá me segurar
Se eu tô, ai dotô
Devendo dinheiro e vem um me cobrar
E vem um me cobrar
Dotô, a peste abre a porta e ainda manda sentar
E ainda mandar sentar
Depois, se eu mudo de emprego que é prá melhorar
Que é só pra melhorar
Vê só, ai dotô, convida a mãe dela prá ir morar lá
Dotô, ai dotô
Se eu peço feijão ela deixa salgar
Ela deixa salgar
Calor, ela veste casaco prá me atazanar
Só pra me atazanar
E ontem, sonhando comigo mandou eu jogar Mandou eu jogar
No burro, foi no burro
E deu na cabeça a centena e o milhar
Quero me separar