Eu não quero ser
Só onda passageira
Nesse rio eu quero ser
Aquela que arrebenta
Sol que te mareia
Dor que te bronzeia
Ser a correnteza
Que carrega da nascente nossa luz
Quando um dia então
Me perceber em seu caminho
Peço consideração
Por todo meu carinho
Vou de peito aberto
Nunca estou sozinho
Se assim desejar eu lhe digo
Vem comigo
Sim
A gente faz samba
Pra saciar na fonte
A sede do pescador
Quando não tem mais por onde navegar
Tira do que não tem
Responde com a própria cria o seu penar
E é sagrado esse fruto
Você pode provar
Não duvide do que pode um homem ao mar
Não duvide do que pode um homem ao mar