OCA DE AMOR
Autor: José Marconi de Medeiros
Eu sou caboclo só tenho a noite e o dia,
Moro numa travessia, minha casa é mais uma oca.
Minha mobília é: dois pratos, uns tamboretes,
Um jirau que chamo de cama e uma sanfona que ainda toca.
Mas nessa vida tudo é muito relativo,
Tem-se carência dum lado, do outro fartura em troca
Mas nessa vida tudo é muito relativo,
Tem-se carência dum lado, do outro fartura em troca
Mas mesmo assim, arranjei uma mulher,
Não só prá fazer café, nem fazer algum favor.
Sempre disposta a enfrentar todos, e tudo,
Saltando grandes barreiras para viver nosso amor.
Por isso mesmo uma coisa tenho certeza
No que depender de mim não vai faltar o meu calor
Por isso mesmo uma coisa tenho certeza
No que depender de mim não vai faltar o meu calor
A nossa oquinha logo após o sol se pôr,
Baixa um tremendo calor, vira castelo de prazer.
Com a sanfona faço as mais lindas canções
Preparando nosso ninho de amor, meu bem querer.
Tudo termina no jirau aconchegante,
Não tenho inveja de ninguém, é a lição do bem viver
Tudo termina no jirau aconchegante,
Não tenho inveja de ninguém, é a lição do bem viver