Sinhá Vitória teve um sonho muito bom
Sonhou com uma cama do tamanho do sertão
Seu homem disse não, ele falou que não
Ele disse não
Que esse sonho não tem cara de sertão
Sinhá Vitória cansada de dormir no chão
Sonhou com uma cama toda de couro do sertão
Seu homem disse não, ele falou que não
Ele disse não
Que esse sonho não tem cara de sertão
E a molecada tinha a cor do chiqueirão
Sonharam com uma cama pintadinha de algodão
Seu pai disse não, ele falou que não
Ele disse não
Que esse sonho não tem cara de sertão
E o bom homem teve a solução
Sonhou com uma cama carregada de sertão
Ele falou que bom, ele disse bom
Ele falou que bom
Que esse sonho já tem cara de sertão