Bebidas, mulheres, baladas, noitadas atiradas as onças
Nessa terra de ninguém vi cascos
e flashes desviarem responsas
Pra que festas com piscinas
se a tempo não temos o que comemorar
Tiroteio em meio a fome e cocaína
e agora sim eu entendo o que tudo eu vim buscar
Você me diz que o golpe que o governo aplica
Até mermo se justifica
pelo brasileiro que Brasil não vai andar
E a sociedade diz "Sim, Serás aceito", diploma de medicina
Porém vitima dos atos que a forjada mídia ensina
E do que não é possível se ver
Se torna quase impossível se livrar
(Quase impossível se livrar)
O mercado nos obriga a consumir produtos
A servidão moderna irá te doutrinar
Pra nós que nascemos no cenário da pobreza
Sobrevivermos numa bolha, só com 24 horas de ar
Vivemos os dias como se fosse o ultimo? -Não!
Vivemos os dias como se fosse o mermo!
A percepção me mostrou
o quanto esse planejamento é trágico
O próprio sistema cria e pune os menores problemáticos
E a uns anos atrás, mais um peregrino a procura de motivos
Fomos andarilhos, noite a dentro por esse "rio de riscos"
Topando e vagando só com mortos vivos
Vi que nem mais os garotos tinham espíritos de menino
Nem mais os garotos tinham espíritos de menino
Tanta coisa hoje mudou, óh
Onde Não Vemos, nem ouvimos
Só sabemos do existir porque sentimos
A vida inteira
Tá no ar que respiramos, na comida que comemos
No futuro que almejamos
(Ahh) Detenção Sem muro!
Onde não vemos, nem ouvimos
Só sabemos do existir porque sentimos
A vida inteira
Tá no ar que respiramos, na comida que comemos
No futuro que almejamos
(Ahh) Detenção Sem muro!
(Detenção sem muro)
E o que no século Xix nasce
Da inicio a liberdade em rumo ao principio
Descartaram a importância do setor primário
Pra área industrial lucrar com nosso "suicídio"
(Somos)
Programados pra crer que pelo empenho no trabalho
Há possibilidade de mudança
A realidade é que em nosso país o pobre é descartável
E se eu morrer na miséria
é porque não tive sorte ou competência
(Não!) Tapem os ouvidos ou fiquem calados
Firmamento, desacato a vossa excelência
Aqui crescemos de punhos serrados
E nossa arte é prova viva de independência
Decodificação genética, controle em massa
Silêncio perante a repressão em falsa ética
De quebra a alienação, visão embaça, queda
Farsa, pondo algemas em mentes que se dizem céticas
E nessa cela me entreguei de peito aberto aos "réus"
Enquanto a Tv sugere que
Se derrubarmos uns aos outros, hã levantamos "troféus"
Pra que "encarassemos" a vida como se fosse uma arena
Só eu vi os estádios de futebol
Se resumirem num tipo de coliseu moderno
E os arquitetos desse plano cultivarem mentes
Encarceradas num labirinto "eterno"
Pra que fosse implantando em nós
Esse instinto competitivo
Tudo tão bem manipulado e intencionado pra não nos unirmos
Raças, classes, diferenças, religiões e partidos
Separando o povo por opiniões, na era do capitalismo
Irmão matando irmão, pai mata filho
Desde Cain e Abel esse caos sempre existiu
Mas gera medo na população, hoje sendo transmitido
Pro povo sem saber o poder que tem
Se conformar em fazer parte do silencio junto aos oprimidos
(Refrão)
Onde Não Vemos, nem ouvimos
Só sabemos do existir porque sentimos
A vida inteira
Tá no ar que respiramos, na comida que comemos
No futuro que almejamos
(Ahh) Detenção Sem muro!
Onde não vemos, nem ouvimos
Só sabemos do existir porque sentimos
A vida inteira
Tá no ar que respiramos, na comida que comemos
No futuro que almejamos
(Ahh) Detenção Sem muro!
(Detenção sem muro)
É só parar pra associar
Tudo é uma mentira
Esportes, Jornais, Reality shows, carnavais
Ser humano é descartável mermo né
Como se fôssemos uma bateria
Só levando a carga a um sistema superior
O Homem estragou tudo!