Obaluaê, quando era menino
estava escrito em seu destino
o que iria acontecer
Com seu corpo coberto de chagas
sua mãe sempre chorava
não sabia o que fazer
Num balaio lhe deixou a beira mar
pediu a Zambi sempre lhe proteger
Uma oração ela deixou a ele
Não queria ver ele sofrer
Chorava aquele menino!
Chorava aquele menino!
Iemanjá ouvindo aquele choro
a beira mar ela foi surgindo
pegou Obaluaê em seus braços
em alto mar com ela foi morar
Iemanjá tratou as suas chagas
para o sofrimento dele acabar
hoje ele é um rei
cura a peste a doença e o sofrimento
Atotô! Meu pai vem me valer
me banha com a pipoca olha venha me benzer
sua mãe é Nanã Burukê
Iemanjá foi quem lhe criou
ele é Orixá da cura
Atotô! Obaluaê, meu pai atotô!