Eis um coringa
Não identificado entra em qualquer em ginga
doce ou salgado o que importa é a larica
Aceita a batalha pra guenta pancada
completar a canastra é sempre quem precisa
Satisfazer de barriga vazia
a cura é o respeito dessa epidemia
Se não te entendem direito na via de cima
então desce até eles e guie a subida
Um coringa, um palhaço, chorando de pés descalços
Brava maré navegar é o que faço, então ponho fé ao erguer o meu mastro
Em tempos de sede andar exausto, seco de pranto não refresca os sedentos
E os coringa que veio molha o baralho, do que adianta o coração seco?
Navegar é a graça! De cada infortúnio uma gargalhada
Nossos tremores do ovo a casca, nossas dores do gelo a nevasca
A saudade sei que bate, a angústia te desgasta
E a tristeza tão nefasta? Não, só auto-piedade então afasta!
Transceda seus medos o que falta é coragem, o grande segredo da liberdade
Um palhaço catando pela cidade, arrancando sorrisos com sua humildade
Com sua marola envolta a bondade, e com sua viola abraçando irmandade
Coletividade, um coringa borrado desdiz a verdade, Positividade
Cidade concreto, maldade duelo
Buscando o certo pouco indiscreto
Reflete o ego da terra de cegos
Insetos andando incertos
Repleto de espinhos na rosa
proposta da prosa de transformação
Globalização, comercialização, produto do intuito vulgo salvação
Afugento a terra do cimento crescendo sedento por um sentimento
Indefeso desperto o momento vivendo sem medo desvendo o segredo
E o excesso assassino excessivo desgovernando todas nações
Salvando almas ancoradas batendo de frente com navegações
Sinceridade hoje é vendida nítida em negociações
De vez em quando até humildade fica pendente de algumas questões
Passo po passo um corringa de fato silencio cobrado na hora do ato
Espaço apertado entre o gato e o rato pra subir ao palco teatro me adapto
Me adapto
Se, sorte destina seus passos na vida
Fadada a caída atira catimba malicia
De esquina cutuca ferida eu assino essa fita
Rabisca moleque astucia diverge na mente
Difere mais nunca se perde é
Verdade falada no canto da gaita
Focinho de porco se torna tomada
Indiferente coringa evidente entrando na mente
Veja o presente
Pra quem usa a retina malicia contida assassina rotina
Na falha da vida se faz poesia
Refresco é a brisa
Desperta o coringa
No sonho esquecido valores perdidos
Só resta o instinto
Culpa da falha ()
Intenção faz a arma e o poder da palavra
Da murro na faca
Se são
Vazos vazios cheios de nada
Vazos vazios espaço não falta
Rosa ou navalha é o amor ou a raiva
Ação cultivada sementes plantada
Suor na toalha essência aflorada
Sangue na espada é o fruto da caça
Camisa de força que antes vestida
R. A. P que hoje engatilha
Entro em vaga sem balisa
Tomo conta da minha vida
Nos tortos caminhos
Vielas e ninhos
Hoje corre sorrindo
Os prego se iludindo
Faço o meu no sapatinho
Mais um coringa surgindo
O reto pensamento que não lamento
O ensinamento e nesse momento
No contra ataque o frio é sangrento
Esperança que aflora de fora pra dentro
Nunca omisso, eu to correndo
De sangue é a guerra e eu to sedento
Do nó na sua mente, te aposento
Vim pra fazer pra fazer direito
Um conriga avarento, Huhh
Passo por passo esse é o movimento
Nas ruas a fuga
Na vida o talento
Nas ruas a fuga
Desvendo o momento
Passo por passo um coringa de fato
Silencio cobrado na hora do ato
Espaço apertado entre o gato e o rato
Pra subir no palco ao teatro me adapto
Invado cercado coringa de fato