Quando olho no espelho, que desgosto
Vejo meu rosto completamente mudado
Neste momento eu relembro com saudade
Da mocidade que ficou lá no passado
Também relembro o tempo da boemia
Das noites frias, das minhas lindas canções
Só resta agora aqui dentro deste peito
Sonhos desfeitos e tristes recordações
A minha vida foi um passado risonho
Parece um sonho que agora fui despertar
Tempos felizes que de mim bem longe vai
Não voltam mais, eu nem quero recordar
Estou cansada e tenho as pernas enfraquecidas
É o fim da vida que já vem se aproximando
Eu reconheço que já estou ficando velha
Tristes caminhos para o fim vou caminhando
Peço aos amigos para o dia em que eu morrer
Mande escrever em minha campa um letreiro
Jaz a boêmio no sono da eternidade
Deixou saudade para os velhos companheiros
Entre os amores que tive em minha vida
Só um fingido que feriu meu coração
Espero um dia em minha campa ele chegar
Hás de chorar e implorar o meu perdão