Ao pé da folia na misericórdia
Bate um conga, bate um pé, bate um pé
Bate um pé, bate um pé
Pela mão esquerda do dorso a palma
Bate uma palma e num instante
O silêncio se cala
Não te calas
No coração da farra
Sorriso quando ouviu
Entre bordoēs, fanfarras, saliva e nanquim
De perto o gigante é maior a cartola
De terno verde a lapela enfeita uma rosa
Fala, Rosa!
A chuva que cai arrepio que passa
Pela espinha da índia que um dia foi minha
Chuva fina
Lança, bufoēs, Fantasmas
Romance e quadris
Iris pintou na face
O Lorde da Marim
A graça da Lira harmonia em tudo
O passo da ave avisou o retorno ao futuro
Viva Atúlio!
As tropas de fé que dobravam esquinas
Todas formados de ursas malucas tão lindas
Serafinas
No beco das caladas
Brilha o ardil por vir
Glória o amante afaga
Que embriagado rir
Enquanto a capa esconde a conquista
Nasce o amor da cigana pelo o ilusionista
Na justiça
O passo marcado pulando sarrafos
Entre tesouras de pernas
Cortando o asfalto
Mascarados
Fogo ateou na palha
Acendendo o pavio
Chama na Sé espalha
Segura quem sair
Quando o clarim te acorda
Destrava a porta que devo abrir
Passa o batom cor da aurora
Deixa teus lábios ou bela em mim
Soam tambores em prosa
Baque arrebenta o canavial
Toda poesia da mata
Vira sonata armorial