Ele surgiu do mato e seus rastros são
Livros de bolso que caem
Seu passado e presente são sombras
Em tremulantes barracas de náilon
Carrapichos espinhos e cactos
Grudados na bainha da calça
Mas seu maior espinho grudava
Feito farpas no coração
E com muita clareza o espinho feriu sua alma
Não que tanto renovava nas linhas da ondulação
Parece mesmo uma lenda viva
De um velho livro sobre heróis
Anti-herói pagão cavalheiro efêmero e breve
Fala-me alguém das profundezas do mar
E das distancias do céu
Não quero mais marcar bobeira
Com mais um herói de papel
Quem quer marcar bobeira
Com mais um herói de papel