Sinal aberto aceso enquanto o enredo dessa dor passar
A perda o medo aquele que aqui estava aonde vai chegar
A ave leva a ova a semente em sua excreção
E faz nascer o peixe o mato quando a chuva cai no chão
Um corpo dentro o vento congelado as cinzas de um vulcão
Um choque um atropelamento um tiro um mal no coração
Um corpo ausente em volta
Tanta gente as voltas com seu mal
Perguntam penitentes se esse ainda habita o corpo ou não
Um corpo morto é carne aborto ao contrário igual nascer
Num outro aquário o corpo é o resto de tudo que ainda vai ser
Um corpo vivo é o carro que carrega um sonho e quer deixar
Alguém com um pouco do seu corpo pra tentar continuar
Farol alerta aceso quando o medo dessa dor se faz
A perda é o mesmo que morrer um pouco
Em cada um que vai
Mas quem vai dessa pra melhor
Melhor se encontra espero assim
E assim eu sinto quem se foi
Renasce um pouco agora em mim
Rauê... rauê