Já não mais vejo a flor da lua
Banhar seus pés na luz da rua
Eu resolvi falar
Vi a criança em sua íris
Gemer sem dor dispor seu cheiro a águias e aviões
Passo bruto, mãos limpas
No peito um sonho
Costas um segredo
Algo em suas raízes
Disse o corvo, riu o teiju
Não descuida o sonho é um céu rachado
Canteiro preparado, com a faca de iansã o vento armado
Bebe a lua, as águas de um lençol
E quebra o teto, um grito de cor
Dos olhos, das pétalas molhadas
Evite amarras
Mas logo a sombra da marquise
Cala o grito, tece um apelo
Os olhos vão fechar
Parece paz eu sei é isso
Ser flor na lua onde flutua o pólen abissal