Pontualmente o alarme desperta o corpo para a servidão.
Celebre a rotina, nossa cocaína, viva a exploração.
Dia após dia viver a fantasia de se ter o status quo.
Na realidade o que nós somos não passa de meros servos.
Escravos da mais-valia! Trabalhe, consuma e sorria
Pressa, pressa, pressa, pressa, pressa, muita pressa!
Esse é o mundo louco que esgota e nos estressa.
Sempre argumentam que isso tudo é evoluir,
Mas nosso desejo é poder sair daqui.
Eles vão nos sugar como uma laranja até a vida secar.
É o preço da servidão, o capitalismo nunca será a solução.
A obsolescência é o anjo da morte, o filho da destruição.
Fadado ao consumo alienado, trabalhe e tenha ambição.
Siga as regras do capitalismo, se depare com uma vida podre.
Trabalhar sem prazer pra comprar o vazio, este é o nosso perfil.
Passa, passa, passa, passa, passa, o tempo passa!
Sugam nossa alma e no final é só carcaça.
Mas na mais-valia o destino é sucumbir.
A Matrix prende e não quer deixar fugir.
Eles vão nos sugar como uma laranja até a vida secar.
É o preço da servidão, o capitalismo nunca será a solução.
Composição: Márcio Pigmeu