Levante cadáver de olhos suplicantes,
Não vês que o descanso
Negado foi-te desde já?
Tu, que devoras teus membros putrescentes,
Levante da cova;
Responda a mim o que te peço,
Me obedeça!
A necrópole silente
Rompe seu silêncio
A criatura nefanda
Vem ao meu encontro, cambaleante,
De além do caixão...
Sombras funestas cercam o nigromante
Que não se apavora
Não há nada aqui, exceto um espectro
Um mero reflexo
Cruza o umbral da Morte
O mistério dos tempos
Retira a vestimenta
E vai ao seu encontro
Liberto da frágil carcaça mortal...